quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O casamento de Monica e a causa dos quadrinhos!



Polêmica! E mais do que mamilos! O casamento de Monica e Cebolinha, ops, Cebola, no número mais recente de Turma da Monica Jovem, a continuação com os personagens crescidos da famosa Turma da Monica de Maurício de Souza, deu muito pano na manga (ou mangá) em discussões dentro e fora da internet.

E muitas opiniões são críticas a esse acontecimento: Chamam o Maurício de Souza de traidor, que a infância foi destruída, entre outras baboseiras que convém não botar aqui.

Povo, botem uma coisa na cabeça: Turma da Mônica Jovem não é feito para vocês!

Aliás, é feito para uma geração que nunca leu, Turma da Mônica. Logo, sem nenhum vínculo com a marca do passado (que aliás, ainda é publicado, o que deixa essa discussão ainda mais sem sentido!). Não sei o problema de ser fazer um quadrinho para os Jovens que acabou agradando a eles e como consequência, vendendo muito bem, obrigado. Independente da direção tomada, foi uma decisão certa. Você que não é faixa etária de TMJ, deveria partir para algo mais sério. Recomendo Monster, se você gosta de mangá adulto e competente.

E sobre a polêmica do casamento em si? Ora, isso é algo muito comum nos quadrinhos!

Ou as pessoas já esqueceram do casamento de Louis Lane e Super Homem? Ou do Homem Aranha e Mary Jane? Sério mesmo que vocês esqueceram disso?

O que me remete a outra coisa: Quem aqui faz quadrinhos por idealismo? Que acredita em uma causa? Posso falar uma triste verdade para vocês? Se continuarem com esse pensamento e tem pretensão em ser profissionais, vocês não vão muito longe. 

Tá na cara que a indústria do entretenimento tem de inventar "polêmicas" de vez em quando. Porque? Por que vende. Simples assim. Aqui não tem causa ou partido. São negócios e marketing pura e simplesmente. Isso acontece com qualquer quadrinho de massa de consumo no mundo, não importa o estilo ou faixa etária. Ninguém culpou a DC na época por fazer a pesquisa se o Coringa deveria matar o Robin ou não. Pelo contrário, as inúmeras cartas decretaram o destino final do sidekick colorido do morcegão.

Acho que falta para os aspirantes a quadrinhos no Brasil maior maturidade. Eu ando vendo que vem deles, as maiores reclamações sobre tudo. E que o povo anda fazendo mesmo? Ah, sim, culpando o mercado e se acomodando. Sinceramente, eu acredito que esse povo deveria reclamar menos, e trabalhar mais. E com maturidade e profissionalismo. 

O mercado não precisa de pessoas birrentas, precisa de profissionais. E antes que culpem os "tubarões da industria", deixo essa pequena imagem que vale mais do que mil palavras:



Mauricio de Souza publicando vários desenhistas pelo Brasil a fora. E antes que falem que a publicação "é uma grande panela", meu amigo, Luis Ernesto de Moraes (que me ajudou na arte final de Gun Spirit), publicou uma história do Astronauta no número 3.

Se o Maurício de Souza conseguiu é com seriedade e profissionalismo, o mesmo que falta muito hoje em dia nos aspirantes a desenhista por aí a fora. 

Para ser como ele, basta crescer. E aí, pergunto: quem quer ser um "novo Maurício de Souza"?




12 comentários:

Unknown disse...

Não li esse número ainda, mas fiquei bem curiosa, vou ser sincera...

Eu tenho uma edição da Mônica "clássica" comemorando 50 anos (a personagem), que veio com um cd com as músicas da turminha e nessa revista tinha uma história que contava como seriam os personagens casados e com filhos. Eu amei!

Mas é o que você disse com toda a razão, além de profissional, o Maurício é um ótimo empreendedor, ele soube aproveitar os momentos certos na vida dele e depois com a equipe que criou ao longo dos anos... ele observa o que acontece ao redor e percebeu que devia ter uma publicação paralela justamente para essa nova geração. E que deu muito certo graças, entre outras coisas, aos pais dessas crianças que já tinham um bom feedback das antigas publicações...

Reclamar, sempre vai ter gente reclamando e criticando mesmo, mas quem vai e faz são outros quinhentos... graças a isso eu retrocedi várias vezes nas minhas tentativas, mas a gente amadurece com o tempo e começa a perceber o que realmente importa...

Maria Fernanda disse...

A única coisa que eu tinha achado estranho quando ouvi falar do casamento eram eles se casando com 16 anos. Depois eu vi que não, eles casam mais velhos e tal, por isso achei normal. Quero dizer, é normal uma pessoa criar toda uma vida e um futuro para os seus personagens, a diferença com o Maurício de Sousa é que ele tem a oportunidade de mostrar o que ele imaginou.
O que parece acontecer é essa mania que as pessoas "meros mortais" tem de demonizar quem se deu bem. Não importa o que ela faça, está sempre errado :/

coffeejoerx disse...

Eu concordo com sua opinião. A única coisa que eu acho errada é o Maurício de Souza não dar créditos a equipe criativa, eu nunca soube quem roteirizou, desenhou e arte-finalizou as histórias da "Turma da Mônica", não sei hoje como está, pois parei de ler as aventuras da turminha no século passado, mas acho um pouco de desrespeito com os artistas. Se a Disney que é uma empresa monstruosa dá créditos aos seus desenhistas, Carl Barks, por exemplo, por que o Maurício de Souza não faz o mesmo?

Anônimo disse...

Amo turma da Mônica! clássica ou Jovem. Cresci com as aventuras da Turminha...e é ótimo saber q eles cresceram tbm. Estou recém casada e é tão legal VER "meus companheirinhos"de infância também dando esse passo. O Maurício acertou em cheio! Parabéns. Admiro muito o trabalho e o espírito empreendedor dele!
MAS ACIMA DE TUDO PARABÉNS PELO POST E PELO BLOG!

Anônimo disse...

De fato, é mais uma tentativa de pelemizar para vender, mas quem disse que isso é de todo errado, é para vender! Turma da Monica sempre deu certo no Brasil pq foi vgeita para vender, autor brasileiro é burro, quer obra de arte, quer ser o bam bam bam, e esqueçer que leitor não quer idolatrar um desconhecido que fez algo pensando nele mesmo! O Mauricio é um exemplo para todos, de bom e de ruim, bom por ser um otimo empreendedor que sabe o que quer. E ruim por nunca ter sido um cara que pensa no quadrinho em seu pais , a não ser no seu é claro, ja que nunca deu uma chance para que novos autores criassem junto dele, apenas usou como mão de obra para suas criações os asrtistas a sua volta!Não é de todo errado, pensar em si proprio, mas é lamentavel em se pensar como brasileiro so pensa em si mesmo, fazer o que, coisas de Brasil! =P

Willian Zeidan disse...

Fala Fidelis, tudo bom?
Dispenso estender comentários, você disse tudo neste post. Falta muita maturidade para esses críticos de plantão. Na verdade acho que eles são frustrados por tentar fazer algo que não dá certo. Aí invejam o trabalho alheio e começam a denegrir alguém que faz sucesso.
Até mais.

Anônimo disse...

Willian Zeidan disse...

Fala Fidelis, tudo bom?
Dispenso estender comentários, você disse tudo neste post. Falta muita maturidade para esses críticos de plantão. Na verdade acho que eles são frustrados por tentar fazer algo que não dá certo. Aí invejam o trabalho alheio e começam a denegrir alguém que faz sucesso.
Até mais.

Omundo é cheio de puxa saco que é fracassado, e fica na ava dos outros! xD

RobsonFrança disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RobsonFrança disse...

Oi Fidelis, beleza?

Até concordo com você e tal, mas seus exemplos são meio runs, já que o Superman está levantando a asinha (capinha?) para a Mulher-Maravilha (talvez seguindo o exemplo desta "música". Já o cabeça de teia fez a burrada de revelar a sua identidade secreta durante a Guerra Civil, daí teve altos rolos e Mary-Jane fez um pacto com Mefistoles (é assim que se escreve) que meio que apagou da memória de todos essa informação. Porém, ela não fica mais com o Peter.

Acho que há melhores exemplos nos mangás mesmo. De Sailor Moon a Rurouni Kenshin, passando por Love Hina, dentre outros. Nos comics norteamericanos são raros os casos de casamento que dão certo devido à dicotomia "vida de herói" versus "identidade secreta".

Vou ver se pego essa edição e dou uma olhada. As últimas edições da TMJ não estavam tão boas quanto as do começo. Entre acertos e tropeços, acho que essa história serviu mais para polemizar um pouco e vender, obviamente.

Abraços

RobsonFrança disse...

Caramba, essa caixa de comentários do Blogger é horrível. Eu coloquei Mefístoles e depois eu disse "é assim que se escreve". Faltou o ponto de interrogação.

O correto é "é assim que se escreve?"

Jet Fidelis disse...

Robson, eu usei esse exemplos para ficar algo que todo mundo conheça.

Apesar que o exemplo do Kenshin é bem conhecido.

Mas como você disse, em mangá isso é bem normal. Acho que o primeiro casamento que vi foi em Yamato (dois personagens secundários). Mas depois o casal Kodai/Wilstar e Yuki/Lola fizeram também o seu casório. :)

Unknown disse...

Na verdade coffeejoerx, o Maurício até tem a equipe dele nos quadrinhos, mas nos créditos lá no finalzinho e em letras super miudinhas mesmo... daí criou-se a lenda urbana que ele faz tudo sozinho, coisa que muita gente cria piamente até hoje...